16.6.08

Querida darwiniana

Não, minha querida, o darwinismo não é uma lei cega. Ouve esta passagem:

“Não há dúvida de que (…) as mulheres, tal como os homens, admiram aqueles que são mais fortes que elas. Mas admirar uma pessoa mais forte e viver dominada por essa pessoa são duas coisas diferentes. Os fracos podem não ser adorados ou admirados; mas isso não significa que as pessoas não gostem deles ou que os evitem (…). Talvez [eles] falhem nas emergências; mas a vida não é uma emergência contínua: é uma sucessão de situações para as quais não é necessária uma força excepcional, e que mesmo as pessoas fracas conseguem aguentar se tiverem um parceiro forte que as ajude”.

Não é Darwin (nem Strindberg): é George Bernard Shaw. Eu pensava que ele era cínico, mas afinal cínica és tu, minha querida darwiniana.