16.11.06

Artistas

A arte contemporânea é campo fértil de paródia, sobretudo na sua componente «performativa». Lembro-me de ler num jornal inglês a história de um «artista» que convidou um espectador a subir ao palco, lhe pediu para assinar um papel de «consentimento» (de quê, o papel não explicava), o amarrou e o sodomizou ali mesmo, perante a plateia incrédula. Em sua defesa, declarou depois que aquilo era um espectáculo sobre «o pós-modernismo e essas merdas».

Recentemente, em Serralves, num ciclo sobre «o corpo» (ah, «o corpo»), houve uma performance chamada «The Weight of the Breast», que se apresentava como uma «reflexão sobre a condição da mulher no palco masculinizado do rock» e que consistia em 20 mulheres em topless a tocar bateria (palavra de honra).

Eu realmente uma das coisas que mais gosto nestas «performances» e nestas «reflexões» é que puxam sempre pela javardice. Há sempre mamas e pilas e tal. É que eles são artistas mas não são parvos.