As mulheres belas (5)
Em relação às actrizes bonitas, as pessoas muitas vezes suspeitam que elas são demasiado atraentes para terem talento ou protestam porque nunca lhes atribuem personagens complexas. É verdade que as coisas se passam assim na indústria do cinema. Acontece que eu acho, pelo contrário, que a beleza é um talento e que implica um elevado grau de complexidade.
Isso não acontece só no cinema, mas fiquemos agora pelo cinema. Há mulheres cujos olhos, gestos e movimentos são inesquecíveis, mesmo que não sejam grandes actrizes num qualquer sentido stanislavskiano do termo. E isso não sucede a todas as mulheres bonitas (há centenas de beldades inócuas ou bovinas). Existe um talento, isto é, uma qualidade, que pode ser aquilo a que chamamos «fotogenia» (que nem sempre acompanha a beleza). Além disso, se observarmos com atenção um fotograma com uma actriz bonita (exemplo: Liv Ullmann), vemos uma complexidade naquele rosto que ultrapassa os elementos físicos, embora se baseie neles. E com as mulheres feias ou vulgares isso acontece com muito menos frequência.
É por isso que as mulheres bonitas no cinema não são apenas «decorativas»: elas são luminosas, como se, projectadas no ecrã, desse ecrã se projectassem para nós espectadores.
Isso não acontece só no cinema, mas fiquemos agora pelo cinema. Há mulheres cujos olhos, gestos e movimentos são inesquecíveis, mesmo que não sejam grandes actrizes num qualquer sentido stanislavskiano do termo. E isso não sucede a todas as mulheres bonitas (há centenas de beldades inócuas ou bovinas). Existe um talento, isto é, uma qualidade, que pode ser aquilo a que chamamos «fotogenia» (que nem sempre acompanha a beleza). Além disso, se observarmos com atenção um fotograma com uma actriz bonita (exemplo: Liv Ullmann), vemos uma complexidade naquele rosto que ultrapassa os elementos físicos, embora se baseie neles. E com as mulheres feias ou vulgares isso acontece com muito menos frequência.
É por isso que as mulheres bonitas no cinema não são apenas «decorativas»: elas são luminosas, como se, projectadas no ecrã, desse ecrã se projectassem para nós espectadores.