Nick Drake
A seguir aos mestres (Dylan e Cohen), Nick Drake é o meu compositor folk favorito. Deixou apenas três álbuns completos, dois mais orquestrais, pastorais, ornamentados, melancólicos; e um isolado e terminal. Todos os títulos nos dizem alguma coisa:
Five Leaves Left (1969): uma referência mais imediata a um anúncio de uma marca de papel para enrolar tabaco (ou outras coisas que Nick fumava), mas também uma imagem do fim do outono e do início do inverno
Bryter Layter (1970): corruptela de uma expressão usada nos boletins meteorológicos: «brighter later», com intenção talvez irónica, embora o álbum seja realmente mais animado que os outros dois
Pink Moon (1972): símbolo (algo psicadélico, como se vê pela capa) da doença mental e da morte, no seu álbum mais acústico e desolado.
Nick Drake nasceu numa família de classe média-alta, na Birmânia (onde o pai era engenheiro) a 19 de Junho de 1948. Doentiamente tímido e introspectivo, Nick entrou em depressão severa a partir de 1971, com internamentos, acompanhamento psiquiátrico e medicação. Morreu na noite de 24 para 25 de Novembro de 1974, em casa dos pais, na vila de Tanworth-in-Arden, com uma overdose de antidepressivos. Tinha 26 anos.