Os amigos
Um «ano instrutivo» escrevi. Um ano instrutivo sobre as amizades, como ficou dito, primeiro numa vaga de desilusão e amargura, depois com uma descoberta progressiva das pequenas nuances, dos pequenos gestos, dos que estão mais confortáveis ou desconfortáveis com a intimidade, dos que revelam quase secretamente a empatia, dos que são secos sendo calorosos (e o inverso), dos que são ausentes por não saberem fazer melhor, dos inesperados, dos distantes que nos são próximos e próximos que se tornaram distantes, dos que dizem apenas que estão onde sempre estiveram e que eu sei disso e que sempre que precise. E eu sei disso. E isso tem sido «instrutivo» de um modo quase comovente.