4.2.07

Cancelamento (1)

Há um divertido poema da inglesa Sophie Hannah (n. 1971) sobre a alegria do cancelamento. A vida literária é uma chatice, e há um júbilo evidente sempre que uma literatice é adiada ou cancelada. Rejubilam os organizadores, os moderadores, os poetas, os romancistas, os universitários, os jornalistas, o público e as meninas dos comes e bebes. No fundo, ninguém quer fazer aquilo, ninguém quer estar ali, ninguém quer perder tempo. A «vida literária» é uma obrigação enfadonha. O cancelamento, esse, é um prazer genuíno.