A vida dos outros (3)
Os posts «A vida dos outros» motivaram algumas respostas, entre as quais uma «acusação» que se tornou recorrente, e que aliás me agrada: a de eu talvez seja «anarquista». Na verdade, reconheço em mim determinados elementos de anarquismo, sobretudo uma certa aversão à autoridade; embora já não aceite por exemplo a abolição das instituições ou da repressão criminal.
É normal que a nossa direita, que sempre foi autoritária e «orgânica», despreze as tendências anarquizantes; mas elas sempre existiram nalgumas direitas. Há mesmo um ensaio sobre uns quantos escritores franceses direitistas que se chama L’Anarchisme de droite.
Aliás, A Moral Anarquista (1889) de Kropotkine contém uma ideia que explica o meu «anarquismo»; diz Kropotkine que o anarquista segue o princípio cristão do «não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti». Pois bem: eu odeio que as pessoas se metam com o meu estilo de vida, que controlem as minhas opiniões, que me exijam disciplina de voto. E estou à vontade para pedir isso dos outros porque tenho por hábito deixar os outros em paz com as suas convicções e comportamentos.
Não sou um «anarquista» no sentido ideológico do termo, mas aceito a componente individualista do anarquismo. Não faço aos outros o que não gosto que me façam a mim. E não admito aos outros o que não lhes faço a eles.
É normal que a nossa direita, que sempre foi autoritária e «orgânica», despreze as tendências anarquizantes; mas elas sempre existiram nalgumas direitas. Há mesmo um ensaio sobre uns quantos escritores franceses direitistas que se chama L’Anarchisme de droite.
Aliás, A Moral Anarquista (1889) de Kropotkine contém uma ideia que explica o meu «anarquismo»; diz Kropotkine que o anarquista segue o princípio cristão do «não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti». Pois bem: eu odeio que as pessoas se metam com o meu estilo de vida, que controlem as minhas opiniões, que me exijam disciplina de voto. E estou à vontade para pedir isso dos outros porque tenho por hábito deixar os outros em paz com as suas convicções e comportamentos.
Não sou um «anarquista» no sentido ideológico do termo, mas aceito a componente individualista do anarquismo. Não faço aos outros o que não gosto que me façam a mim. E não admito aos outros o que não lhes faço a eles.