23
Dos seis álbuns de que realmente gostei em 2007, já vi muitos elogios a cinco. Creio que tem passado mais despercebido o magnífico 23, dos Blonde Redhead, uma banda nova-iorquina que eu escandalosamente só conhecia de nome. Existem desde 1993 (!) e têm sete álbuns editados. Os três elementos são multiculturais q.b.: uma japonesa, Kazu Makino, e dois irmãos gémeos italianos, Simone Pace e Amedeo Pace. Dizem os sites da especialidade que a obra passada dos Blonde Redhead era tributária dos Sonic Youth. Em 23 estão entre a mais deliciosa dream pop e uns pozinhos de electrónica. Não digo que é o melhor disco do ano, que o senhor Matt Berninger não me deixa, mas é o disco mais etéreo do ano. E digo «etéreo» no sentido camoniano.