Homenagem ao prof. Machado Pais
À saída de um liceu lisboeta, um grupo anárquico de adolescentes atravessa anarquicamente a rua com o semáforo vermelho. Duas indignadas meninas (não muito mais velhas) comentam indignadamente e de imediato: «são mesmo a geração broche».
(Pausa para meditação).
O que é (e notem que cito) a «geração broche»?
Eu pentenço à «geração rasca», termo seminal da sociologia contemporânea, digna de um Georg Simmel. Mas «geração broche» nunca tinha ouvido. Será uma segunda vaga da «geração X»? Em vez de X um XXX? Espero uma monografia do prof. Machado Pais sobre o assunto.
Enquanto a monografia não chega, sempre digo que não creio que os adolescentes de agora pratiquem mais o acto latinista do que, digamos, a minha geração. Parece óbvio que eles têm mais sexo do que nós tínhamos (eis um plural fraudulento), mas não macredito que sejam mais sulistas e liberais. Como todas as pessoas que não tinham muito sexo V (e ainda menos sexo A), já éramos cidadãos dados ao sexo O (parecem tipos de sangue, e julgo que são). Mas talvez agora as pessoas se felacionem e se cunilinguem com uma facilidade inusitada, com a mesma naturalidade que tinha um «linguado» nos anos oitenta.
Talvez seja isso a «geração broche» cunhada pelas duas futuras assistentes no ISCTE.
Que isto tenha surgido com uns miúdos que atravessam no vermelho é que me parece algo nebuloso. Estes sociólogos são muito metafóricos.
(Pausa para meditação).
O que é (e notem que cito) a «geração broche»?
Eu pentenço à «geração rasca», termo seminal da sociologia contemporânea, digna de um Georg Simmel. Mas «geração broche» nunca tinha ouvido. Será uma segunda vaga da «geração X»? Em vez de X um XXX? Espero uma monografia do prof. Machado Pais sobre o assunto.
Enquanto a monografia não chega, sempre digo que não creio que os adolescentes de agora pratiquem mais o acto latinista do que, digamos, a minha geração. Parece óbvio que eles têm mais sexo do que nós tínhamos (eis um plural fraudulento), mas não macredito que sejam mais sulistas e liberais. Como todas as pessoas que não tinham muito sexo V (e ainda menos sexo A), já éramos cidadãos dados ao sexo O (parecem tipos de sangue, e julgo que são). Mas talvez agora as pessoas se felacionem e se cunilinguem com uma facilidade inusitada, com a mesma naturalidade que tinha um «linguado» nos anos oitenta.
Talvez seja isso a «geração broche» cunhada pelas duas futuras assistentes no ISCTE.
Que isto tenha surgido com uns miúdos que atravessam no vermelho é que me parece algo nebuloso. Estes sociólogos são muito metafóricos.