17.9.07

A hora das hienas

É por haver tanta música hoje - e tanto acesso - que a sabedoria selectiva de António Sérgio é mais valiosa e necessária do que nos tempos ditos áureos em que, verdade se diga, não era assim tão difícil separar o trigo do joio. A música de António Sérgio é como a boa música: não se deixa interromper. É ele que não deixa. O homem sabe o que vale e o que tem de fazer. É escusado atravessarem-se no caminho dele. O que menos interessa é a estação de rádio.

Excerto de um justíssimo texto de Miguel Esteves Cardoso (Público de hoje) sobre o grande António Sérgio, a mais recente vítima da merdiocracia cultural.