6.9.07

O Credo de Niceia

Fui educado para acreditar inabalavelmente em muitos valores e ideias. Pouco a pouco, e depois de repente, deixei de acreditar em quase tudo. E no entanto, consigo ainda repetir o Credo sem receio ou vergonha. Adoptado pelo Concílio de Niceia, em 325, e revisto no Concílio de Constantinopla, em 381, o Credo é a única declaração de fé aceite pelas várias igrejas cristãs. É naturalmente um poema, cheio de coisas cujo significado desconhecemos ou que são enigmáticas & indefiníveis. Acho que é o único credo que ainda mantenho:

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Ele que falou pelos Profetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só baptismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e vida do mundo que há-de vir.