29.10.07

Adelaide de Sousa

Tenho apreciado a «vaga de fundo» blogosférica dos fãs de Adelaide de Sousa.

Adelaide de Sousa é uma personal favourite há muitos anos. Baixinha, olhos faiscantes, expressão maliciosa e um corpo que valha-me Santo Euplúsio santo & mártir, dei por ela logo que apareceu na TV, há coisa de oito anos. Confesso que não segui com atenção o seu currículo televisivo, porque me tornei um abstencionista catódico; e no cinema, domínio em que estou mais atento, as suas aparições têm sido demasiado fugazes. Mas por exemplo o telefilme Aniversário (2000) é impossível de esquecer por alguém dotado de um cromossoma Y, mesmo aguado.

Adelaide nasceu em Maputo em 1969 e foi modelo. Isso eu sabia. Mas desconhecia vários outros factos que estão no IMDB: que apresentou a meteorologia e foi aeromoça e estudou no Lee Strasberg Institute. Também não sabia que ela possuía um curso de primeiros-socorros, informação que reputo de grande relevância. O IMDB inclui três citações dela, duas sobre sexo: a Adelaide acha que o sexo é uma coisa «sagrada» e não «frívola». God bless.

Já muitas vezes perguntei por Adelaide de Sousa a pessoas que a conhecem. (Já agora: cavalheiros Alvim, Boucherie & Pina: que o céu vos caia em cima da cabeça). Em todos os casos vinha o lamento: «oh, ela é casadísisma». E acrescentavam: «com um americano». «Casadíssima» e não apenas «casada»? E qual a relevância de o esposo ser «americano»? Se Adelaide fosse casada com um escalabitano, estaria menos casadíssima? Houve até alguém que me disse que o americano era «grandalhão», informação que não pude confirmar junto de duas fontes independentes, mas que aumenta a sensação de inacessibilidade. Eis uma mulher casada, «casadíssima», com um «americano», talvez mesmo com um americano «grandalhão» e, acrescenta o Tiago, «evangélico», portanto presumivelmente virtuoso. É muita coisa junta.

Mas tudo isso significa apenas que Adelaide está a bom recato, as she should be. E que não há mal nenhum em que apareça em blogues, tal como as outras mulheres «irreais» de que os bloguistas tanto gostam.