29.12.07

Fazer falta

Tomamos conhecimento de que alguém «conhecido» morreu e isso é quase sempre apenas uma notícia. E depois há uns quantos cuja morte realmente lamentamos. Em 2007 fiquei triste ao ter a notícia da morte de uma vintena de intelectuais e artistas.



Aqueles que conheci e estimei, como Fiama e EPC.

Aqueles que eram autores «cá de casa», como Bergman e Gracq.

Aqueles de quem gostava muito, como Antonioni ou Mailer.

Aqueles que li com gosto, como Fernanda Botelho, Elizabeth Hardwick, Ryszard Kapuściński, Alberto Lacerda, Grace Paley ou Kurt Vonnegut.

Aqueles que respeitava intelectualmente, nas concordâncias (René Rémond) como nas discordâncias (Richard Rorty).

Aqueles que recordo acima de tudo por causa de um filme, como Jean-Claude Brialy (Le Genou de Claire), a novíssima Solveig Dommartin (As Asas do Desejo) ou Deborah Kerr (From Here to Eternity).

Lee Hazlewood, cowboy na Suécia.

E Michael Hamburger, que me deu a conhecer (em inglês) quase todos os grandes poetas alemães.

Esses fazem falta.