Elitista e liberal
A gaffe dos «sulistas, elitistas e liberais» não foi uma gaffe. Basta conhecer um bocadinho a direita portuguesa para perceber porquê. Há muita gente no «país profundo» que detesta «Lisboa». Há classes médias baixas e antigas classes altas que desprezam o «eixo Lisboa-Cascais». Há direitistas autoritários ou proteccionistas que ainda não aceitam as liberdades. E todos odeiam os «intelectuais».
Acontece que o PSD, o único partido de Governo na área do centro-direita, tem uma forte componente elitista, sulista e liberal. Elitista porque foi fundado por grandes burgueses do tempo do marcelismo, e nunca deixou de cativar as elites sociais. Sulista porque o poder está em Lisboa, mesmo que o Porto tenha sempre tido uma presença importante nos governos. E liberal porque uma economia de mercado integrada na União Europeia quase exige o liberalismo.
O PSD de Menezes quis combater os «sulistas, elitistas e liberais» e bateu no fundo. Seis meses erráticos, reactivos e grotescos, com pelo menos uma alteração grave (a mudança de posição face ao Tratado Europeu).
Esperemos que o próximo líder seja elitista (e não populista) e verdadeiramente liberal. A cidade onde vive é o que menos importa.
Acontece que o PSD, o único partido de Governo na área do centro-direita, tem uma forte componente elitista, sulista e liberal. Elitista porque foi fundado por grandes burgueses do tempo do marcelismo, e nunca deixou de cativar as elites sociais. Sulista porque o poder está em Lisboa, mesmo que o Porto tenha sempre tido uma presença importante nos governos. E liberal porque uma economia de mercado integrada na União Europeia quase exige o liberalismo.
O PSD de Menezes quis combater os «sulistas, elitistas e liberais» e bateu no fundo. Seis meses erráticos, reactivos e grotescos, com pelo menos uma alteração grave (a mudança de posição face ao Tratado Europeu).
Esperemos que o próximo líder seja elitista (e não populista) e verdadeiramente liberal. A cidade onde vive é o que menos importa.