8.7.08

Molti nemici



O site do jornalista inglês Johann Hari contém a seguinte referência: Since he began work as a journalist, Johann has been attacked in print by the National Review, the Daily Telegraph, the Daily Mail, John Pilger, Daniel Craig, Peter Oborne, Private Eye, the Socialist Worker, Cristina Odone, Jon Gaunt, the Spectator, Andrew Neil, Mark Steyn, the British National Party, Medialens, al Muhajaroun and Richard Littlejohn. (...) Johann has been called 'Maoist' by Nick Cohen, "Stalinist" by Noam Chomsky, 'Horrible Hari' by Niall Ferguson, "an uppity little queer" by Bruce Anderson, 'a drug addict' by George Galloway, "fat" by the Dalai Lama and "a cunt" by Busted.

Fiz as contas e concluí que eu também já levei com uma quantidade de epítetos catitas: «arrivista», «devorista», «fraude», «canalha», «gaspar simões» (com intenção insultuosa), «prado coelho» (com intenção insultuosa), «medíocre», «analfabeto», «amanuense», «puto malcriado», «crítico malvado» (palavra de honra), «poeta para costureirinhas» (o meu favorito), «poetastro», «poeta de merda», «beato», «padre Mexia», «fascista» ou «cão». E, claro, incontáveis referências anatómicas.

E só conto os mimos vindos de «figuras públicas». Se também incluísse gente «desconhecida», nunca mais acabava.

O editor Manuel Alberto Valente diz-me de vez em quando: «É impressionante a quantidade de gente que te detesta». E eu, uma vez que sou «fascista», cito o Benito: «molti nemici molto onore».