1.10.08

Diz a chuva

Andei dois anos com as mensagens dela, extraordinariamente ternas e infundadas. Queria apagá-las mas nunca apaguei. Tentei várias vezes, não conseguia. Eram dezenas. Talvez centenas. Uma história inteira. Há dias, regressei a casa no meio de uma chuvada e o telemóvel apanhou água. Entrou em colapso. Comprei um aparelho novo e transferi o cartão. Tal como desejava ou temia, perdi todas as mensagens guardadas. O que não tem remédio, remediado está, diz a chuva.