2.11.08

Dias de chuva

Um leitor vem ter comigo e sugere que eu não escreva «como se estivesse a morrer». Mas essa é uma ficção impossível: estou e estamos de facto «a morrer», mais perto disso hoje do que ontem, e mais ainda amanhã. Coisa diferente é esta «morte na alma» que às vezes é mais aguda, como uma ferida quase esquecida mas que lateja em dias de chuva.